Especialista em acne reconhecido mundialmente.
![Dr. Marco Rocha](https://images-1.eucerin.com/~/media/eucerin/local/br/teasers/foto%201.png?rx=0&ry=2&rw=1137&rh=1326&hash=819D42E61F2BA20EA70392076FA4BDD8)
Especialista em acne reconhecido mundialmente.
Sabemos que a acne é muito frequente em todo o mundo. Os números são impressionantes. Dados da última década revelaram que a doença é a oitava mais frequente entre todas e que cerca de 850 milhões de pessoas são acometidos pela presença de espinhas; sendo que 20% delas apresentam a forma mais grave.
O alvo da doença é a glândula sebácea. Essa estrutura é a responsável pela produção do sebo e começa a funcionar a partir da puberdade. Na acne, devidos a múltiplos fatores associados, ocorre uma prolongada inflamação da pele, que pode chegar a destruir completamente essa glândula.
Com relação a sua distribuição, as regiões com maior concentração são a face, a parte superior das costas e o colo. Na face, na chamada zona T, envolvendo a testa, o nariz e o queixo, a densidade das glândulas sebáceas chega a 400 unidades por centímetro quadrado. Impressionante né?
Também é de conhecimento recente que todas as formas de acne podem levar a formação de cicatrizes, os tão temidos “furinhos na pele”. Com relação a isso, os pesquisadores descobriram que o tratamento efetivo e precoce é capaz de reduzir a chance do aparecimento dessas marcas e até mesmo melhorar o aspecto daquelas já existentes.
Embora mais frequente nos adolescentes, a acne não é exclusividade deles. Os adultos também podem apresentar a doença, de forma prolongada, e nesse caso as mulheres são as mais acometidas.
Fatores genéticos, hormonais e a presença de uma bactéria especial estão envolvidos, em associação, como a causa dessa doença.
Pensando em fatores externos, temos alguns pontos importantes para discutir. Tecnicamente chamamos de expossoma, o conjunto de fatores externos que influenciam a nossa saúde, e a pele, como órgão de interface, aquele que primeiro entra em contato com esses fatores, sem dúvidas está sujeita a muitas interações.
Pesquisadores têm nos ajudado a compreender melhor as interações da pele com o clima, a alimentação, alguns hábitos, o estresse, certos medicamentos e mesmo cosméticos, quando inadequados.
Pensando no Brasil, nossa geografia nos coloca em uma região climática de predomínio tropical. Esse clima é caracterizado pela presença marcante de duas estações do ano. Uma delas quente e úmida, que se estende de dezembro a março e ocorre por influência do avanço de massas de ar úmidas (equatorial e tropical atlântica), ao passo que a outra, o inverno, apresenta temperaturas mais amenas e tempo seco. Devido a nossa latitude, em todas as estações do ano, estamos sujeitos a alta exposição a radiação ultravioleta. Curiosamente, muitas regiões centrais da Europa não chegam a receber durante o verão a quantidade diária de radiação que recebemos em nossos dias de inverno.
Parte desses fatores climáticos, como o calor e a alta umidade, estão relacionados a piora da acne e/ou episódios agudos de aparecimento de espinhas, conhecidos como “acne tropical”. Para cada aumento de um grau Célsius na temperatura é descrito um incremento de 10% no volume total da secreção sebácea.
Outra pesquisa interessante revelou que a exposição intensa a radiação solar, principalmente aos raios ultravioleta, induzem a um aumento do tamanho da glândula sebácea e da aparência dos poros, piorando a seborreia e a acne. Aqui não podemos esquecer que parte dessa radiação, principalmente o ultravioleta A e a luz visível, prejudicam o clareamento das manchas formadas no processo de cicatrização das espinhas.
Além do clima, há outros fatores que podem também, de forma individual, impactar negativamente no curso dessa doença.
A alimentação, quando rica em carboidratos de alta carga glicêmica, está correlacionada a piora da acne. Dados recentes, inclusive relacionados ao período da pandemia de COVID-19, confirmaram que os brasileiros reduziram o consumo de frutas e vegetais com aumento da ingestão de comidas industrializadas, as quais são, em sua maioria, tipicamente acnogênicas.
A poluição é outro fator que impacta a presença e/ou gravidade da acne. Estudos relacionados a esse tema, comprovaram que populações que vivem em cidades poluídas, como São Paulo, têm mais espinhas. Existem substâncias tóxicas, presentes na fumaça de fábricas e naquela produzida pela combustão dos motores dos automóveis que interagem com nossas células, levando a piora da doença.
A própria escolha do método contraceptivo pode ser vital para o tratamento da acne. Existem determinadas pílulas que ajudam no tratamento, mas por outro lado, há outras que ativam a glândula sebácea, causando piora da oleosidade e das espinhas.
Por último, não podemos esquecer do estresse. A evolução da medicina nos fez compreender, que em estados de estresse prolongado, o cérebro e os neurônios liberam muitas substâncias em nossa circulação. Uma delas, a substância P, é capaz que ativar as glândulas sebáceas e piorar a acne, uma verdadeira ligação entre as emoções e a pele.
Todos esses fatores, são extremamente frequentes em nossa população. Vivemos em uma país tropical, estamos concentrados nas regiões industrializadas, onde há maiores níveis de poluição e um ritmo de trabalho intenso, o que está associado a altos níveis de estresse e, por vezes, precisamos de medicamentos os quais podem também ser causa de piora da acne.
Assim, um olhar mais profundo e individualizado, entendendo não só a presença das espinhas em maior ou menor quantidade, mas também, quais as relações do indivíduo com o meio onde ele vive, é capaz de otimizar as orientações de tratamento, levando a uma medicina personalizada com melhores resultados.
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